A previsão é que a ponte mais nova volte a operar em 60 dias, com as duas pistas liberadas. Já a estrutura mais antiga passará por reabilitação completa, com prazo estimado entre quatro e seis meses. A entrega total das três travessias, incluindo a ponte sobre o Rio Jacutinga (Km 669), deve ocorrer em até um ano.
Mais de 20 operários atuam diretamente na parte interna da ponte mais recente, no sentido Porto Velho–Ariquemes. O trabalho inclui ações de carpintaria, armação, terraplenagem e montagem de plataformas para equipamentos pesados. Segundo o superintendente regional do DNIT, André Lima dos Santos, a modernização será possível graças à aplicação inédita da tecnologia extradossada – semelhante às pontes estaiadas, o que aumentará a resistência e prolongará a vida útil das estruturas.
Estrutura antiga sobrecarregada e riscos identificados
Superintendente do DNIT Rondônia, André Lima, e o senador Confúcio Moura
O DNIT decidiu iniciar a reabilitação após inspeções técnicas detectarem falhas críticas nas duas pontes. A estrutura mais antiga, com cerca de 60 anos, foi interditada por falta de segurança, fazendo com que todo o tráfego passasse a ser suportado pela ponte mais nova, inaugurada em 2009.
Em maio deste ano, uma trinca no tabuleiro da ponte recente obrigou a adoção do sistema de “pare e siga” com tráfego em meia pista. De acordo com o engenheiro André, a ponte antiga sofreu perda de rigidez devido à fluência do concreto, enquanto a nova foi afetada por recalques causados por erosões no leito do rio.
Durante a obra, estão previstas interdições pontuais, inclusive à noite, especialmente nas etapas de lançamento de concreto, que exigem controle preciso de temperatura e umidade para a cura ideal.
Alta engenharia a serviço de Rondônia
O projeto de reabilitação foi elaborado por um consultor pós-doutor em estruturas e prevê o reaproveitamento dos pilares existentes, com reconstrução completa da parte superior. Elementos como cabos de aço externos, chapas metálicas anticorrosivas e barras de ancoragem estão sendo fabricados sob medida em São Paulo – 80% dos materiais já chegaram a Rondônia.
Em 2024, o DNIT executou serviços de manutenção em 93 pontes em Rondônia. Porém, devido à complexidade estrutural, as travessias de Candeias do Jamari foram excluídas desse ciclo. Agora, com esse investimento, o senador Confúcio destaca o impacto da obra:
“Essa intervenção vai marcar a engenharia rodoviária na Amazônia. Os transtornos são passageiros, mas os benefícios serão definitivos para todos nós.”