Prostituta que matou idoso por calote de R$ 500 fará exame de insanidade mental


A Justiça determinou um exame de insanidade mental da prostituta Emile Antonia de Oliveira Souza, acusada de matar o idoso Cecílio Coletti, de 80 anos, após um calote de R$ 500 em Tapurah, no interior de Mato Grosso. A decisão suspende o processo até que um laudo oficial esclareça se a acusada tinha condição de compreender seus atos no momento do crime.

A juíza Patrícia Bedin acatou o pedido da Defensoria Pública, que relatou comportamento completamente desorganizado da mulher no momento da prisão. De acordo com a defesa, Emile apresentava falas desconexas, sinais de surto e chegou a tentar se automutilar dentro da delegacia, o que levantou dúvidas sobre sua capacidade mental.

No despacho, a magistrada afirmou que a gravidade do caso — um crime por calote de R$ 500 — associada aos indícios de desequilíbrio psicológico, torna indispensável a avaliação psiquiátrica. O laudo deverá apontar se a ré era totalmente incapaz, parcialmente incapaz ou plenamente consciente da própria conduta no dia do homicídio.

Emile foi internada provisoriamente em um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. A instituição terá 45 dias para concluir o exame e enviar o parecer ao Judiciário. Ministério Público e defesa poderão apresentar quesitos técnicos e indicar profissionais para acompanhar o procedimento.

Cecílio Coletti foi encontrado morto com um cinto enrolado no pescoço e múltiplas facadas. O idoso frequentava um bar e prostíbulo localizado nos fundos de seu próprio terreno. Conforme testemunhas, ele assediava as mulheres e alegava ter “direitos” sobre elas por ser dono do local.

Durante o depoimento, uma das garotas de programa — posteriormente identificada como Emile — confessou o crime. Ela relatou que o idoso a contratou por R$ 500, mas não pagou pelo programa, o que teria provocado a discussão e o ataque fatal.

A Polícia Civil ouviu o gerente do bar e outras mulheres que trabalhavam no estabelecimento antes de fechar a dinâmica do crime. Com a decisão judicial, o processo permanece suspenso até que o laudo psiquiátrico determine se a acusada tinha plena consciência ao cometer o homicídio.


Com informações de Fernanda Escouto do site Repórter MT.