Nesta terça-feira (25), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) usou a tribuna do Senado para refletir sobre os resultados da COP 30, realizada em Belém do Pará. Em seu discurso, o parlamentar reforçou que o desafio agora é transformar o consenso internacional em atitudes práticas que façam diferença na vida das pessoas e na proteção da Amazônia.
“A COP 30 terminou, mas a sensação que ficou é de que ela está apenas começando”, afirmou. Para ele, Belém virou um “palco vivo da Amazônia”, reunindo ribeirinhos, jovens, pesquisadores e diversos grupos sociais que mostraram ao mundo que as mudanças climáticas não são um conceito distante — fazem parte da rotina e do futuro de quem vive na região.
Apesar de reconhecer avanços importantes, o senador demonstrou preocupação com o ritmo lento das respostas globais ao aquecimento do planeta. “O Brasil se apresentou com a dignidade que merece, mas o mundo ainda anda devagar demais para a urgência que todos enfrentamos”, alertou. Segundo ele, muitos países ainda resistem a abandonar práticas que aceleram a destruição ambiental.
Confúcio Moura também destacou que os efeitos da crise climática já são visíveis no dia a dia de agricultores e comunidades ribeirinhas. “Estamos sentindo, na pele, o peso de não cuidarmos de nossa própria casa”, lamentou. Ele reafirmou sua ligação com os trabalhadores do campo e defendeu que desenvolvimento econômico e proteção ambiental não devem ser vistos como lados opostos — é possível, e necessário, caminhar com ambos.
Outro ponto levantado por Moura foi a desigualdade no acesso ao crédito. Para ele, quem desmata encontra mais facilidade para conseguir financiamento do que quem preserva. “No Brasil, há crédito para quem devasta, mas não para quem protege”, criticou, pedindo mais incentivo às iniciativas de conservação e recuperação ambiental.
O senador ainda elogiou o esforço do prefeito de Belém e do governador do Pará, Helder Barbalho, por apresentarem ao mundo a Amazônia real durante a COP 30. “Não escondemos nossas dificuldades; mostramos a Amazônia como ela é, ao vivo e a cores”, disse, ressaltando que a região é marcada tanto por sua diversidade e riqueza natural quanto por grandes desafios sociais.
Ao encerrar o discurso, Confúcio Moura reforçou que o futuro do Brasil depende da união entre governo, produtores, prefeituras, comunidades e principalmente a juventude. Segundo ele, só com essa força coletiva será possível construir um compromisso verdadeiro com o desenvolvimento sustentável e a preservação da Amazônia.
Assessoria
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