RACHADINHAS: Polícia Civil e Ministério Público afastam vereador e cinco assessores fantasmas


Na madrugada desta sexta-feira (10), a Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2), e o Ministério Público do Estado (MPRO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Face Oculta. A ação tem como objetivo cumprir 26 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de afastamento cautelar da função pública, além da proibição de acesso à Câmara Municipal de Porto Velho e de contato entre os investigados

As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara de Garantias de Porto Velho e são resultado de uma investigação que apura suposta prática dos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, envolvendo um vereador da capital e cinco assessores parlamentares.

De acordo com a investigação, o grupo é suspeito de participar de um esquema de 'rachadinha' e de manter 'funcionários fantasmas' para desviar parte da remuneração de cargos comissionados. A prática consistia em reter parte do salário dos assessores, que deveria retornar ao parlamentar, caracterizando apropriação indevida de recursos públicos.

Os mandados estão sendo cumpridos em diversos endereços, incluindo o gabinete do vereador na Câmara Municipal, além de residências, empresas e uma associação cultural ligadas aos investigados.

Participam da operação equipes do Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decco), Dracos 1 e 2, Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), Delegacia de Assuntos Penitenciários, Gerência Administrativa e Financeira (GAF), Denarc, Caex e Gaeco.

O afastamento dos servidores tem prazo inicial de 30 dias.

O nome “Face Oculta” faz alusão à parte oculta da remuneração dos assessores, que seria desviada e apropriada pelo vereador, ocultando o verdadeiro destino dos valores.


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