A identificação de mais três amazonenses — conhecidos como Dimas, Macaco e Alê — entre os mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro reforça a presença de criminosos do Norte em facções que atuam nas comunidades cariocas.
Nas redes sociais, familiares das vítimas publicaram mensagens de luto, confirmando que os traficantes estariam entre os alvos atingidos durante os confrontos.
A operação, iniciada na terça-feira (28), já é considerada uma das mais violentas da história recente do Rio. Moradores e fontes locais relatam mais de 120 mortos, embora o governo estadual mantenha o número oficial em 64 vítimas — sendo 60 suspeitos e 4 policiais. Durante a madrugada desta quarta-feira (29), dezenas de corpos foram levados por moradores até a Praça São Lucas, na Penha, na tentativa de facilitar o reconhecimento das vítimas.
Descrito como um verdadeiro “cenário de guerra”, o confronto expõe o alto nível de violência nas comunidades e o poder das organizações criminosas.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não confirmou oficialmente as identidades dos cinco amazonenses mortos, mas investigações apontam que eles integravam facções com atuação interestadual.
A presença de traficantes do Amazonas entre os mortos não surpreende autoridades de segurança — há anos, o crime organizado ultrapassou fronteiras e mantém conexões em vários estados do país. O caso evidencia a necessidade urgente de ações integradas entre os governos estaduais e federais para combater o avanço das redes criminosas que se espalham pelo Brasil.
