
Na manhã de ontem, durante patrulhamento pela avenida Paraná, uma guarnição da PM se deparou com uma situação inusitada: a condutora de uma motoneta Honda Biz trafegando sobre o canteiro central de uma movimentada via pública do bairro Alto Alegre, em Vilhena.
A mulher obedeceu as ordens de parada dos militares, que acionaram a sirene e o giroflex da viatura. Ao ser interrogada no local, a motociclista garantiu que não havia consumido bebidas alcoólicas e explicou que estava indo comprar pão de queijo para o café de manhã do filho, que havia deixado em casa.
A mulher de 33 anos também alegou ter cometido a infração de trânsito, classificada como “gravíssima”, por já estar atrasada para o trabalho como motorista de ônibus escolar, enquanto o filho ainda criança ficava sozinho em casa naquele momento.
Na casa da mulher, os policiais constataram que, de fato, a criança estava desacompanhada em sua cama. A cena, segundo os militares, caracterizava o crime de “abandono de incapaz”. A suposta mãe não apresentou os documentos de identificação do menor e, portanto, não conseguiu sequer provar o alegado parentesco.
A situação da personagem suspeita se complicou quando a guarnição percebeu que a motoneta usada por ela apresentava indícios de ilegalidades: constatou-se que o veículo estava com seus sinais identificadores adulterados, e que não seria uma Biz e sim uma motocicleta marca I/DAJIANG DJ110-7; Ano/Modelo: 2011, registrada no município de Vilhena, de cor predominante azul -e não preta como a Biz apreendida.
O caso se agravou ainda mais quando a mulher admitiu ter “plena consciência da adulteração do veículo”, que segundo ela foi adquirido de uma pessoa desconhecida, através do Facebook, pela quantia de R$ 2.500,00.
A mulher recebeu voz de prisão e foi conduzida até a Unisp, onde o Conselho Tutelar acompanhou o registro da ocorrência que envolvia também uma criança.
Fonte: Folha do Sul