“Hoje vai ter morte aqui”, teria ameaçado o homem, que disse ter sido obrigado a beber veneno
Após chegar à redação do FOLHA DO SUL ON LINE o vídeo mostrando um homem aparentemente surtado dentro do escritório de um supermercado na cidade de Colorado do Oeste no início da tarde de ontem (terça-feira, 19), a reportagem do site entrevistou o gerente do estabelecimento, que também aparece nas imagens gravadas por uma câmera de monitoramento interna.
Segundo o gerente, um funcionário avisou que havia um homem querendo falar com ele. O entrevistado perguntou do que se tratava, mas o personagem insistiu em subir até sua sala. Como demonstrava educação, mesmo com uma garrafa de bebida alcoólica na mão, o comerciário o recebeu.
Após algum tempo de conversa, o visitante passou a ficar mais agressivo e acusava uma mulher de “desgraçar a minha vida”. Também dizia que o gerente deveria demiti-la, mas não revelava seu nome. O clima ficou ainda mais tenso quando o estranho quebrou seus óculos e ficou com uma das “pernas” na mão, aparentando querer transformá-la em uma arma perfurante.
O gerente percebeu que o homem poderia estar realmente enfrentando problemas psiquiátricos quando ele se tornou ainda mais violento, atirando uma calculadora no chão e quebrando objetos no local. A certeza do surto veio após o personagem dizer que ele havia colocado uma bomba no supermercado, explicando que a bateria da calculadora destruída seria o detonador do artefato.
Aproveitando um momento de descuido do homem, que chegou a dizer que “hoje vai ter morte aqui”, o gerente abriu a porta e desceu correndo para o interior do comércio.
Até agora o gerente não sabe quem é a mulher que o acusado acusava de ter acabado com a vida dele, expressão que repetiu várias vezes. Essa mulher, cuja ação não ficou clara, teria sido a causa do descontrole emocional que havia levado o homem à atitude ameaçadora.
Quando a polícia foi acionada, o agressor fugiu, mas acabou sendo preso nas proximidades. Com mais de 1,90 de altura, ele disse que algumas pessoas da cidade de Buritis, onde havia morado, o teriam obrigado a ingerir veneno.
Depois de dominar o acusado, a Polícia Militar o levou até o Hospital Municipal de Colorado, onde exames não constataram o envenenamento denunciado. Ele foi conduzido até a Delegacia de Polícia Civil e depois liberado.
Fonte: Folha do Sul Online
