Deputados exigem exoneração de comandante-geral da PM acusado de violência doméstica e cair na Lei Seca com carro oficial



Em sessão extraordinária nesta segunda-feira (29), os parlamentares estaduais revelaram o que estava apenas circulando nos bastidores políticos. O comandante-geral da Polícia Militar, Regis Braguin, é acusado de agressão a uma mulher e cair na Lei Seca usando um carro cautelado. O deputado Ismael Crispin disse que ficou pensando nas declarações do vereador Fernando Silva, dias antes na audiência pública sobre o aumento dos praças da PM, apresentando um Boletim de Ocorrência comprovando a agressão de Braguin contra uma mulher. “Essa Casa recebeu uma denúncia e acho que é necessária uma manifestação quando o vereador Fernando Silva apresentou um Boletim de Ocorrência do coronel Braguin de violência contra mulher. O que as mulheres do nosso Estado de Rondônia estão pensando agora porque quem tem a obrigação de proteger tem em seu comando alguém com registro de tal natureza”, disse o parlamentar.

Crispim rogou pela sensatez do governador Marcos Rocha porque, além da violência doméstica, o atual comandante também caiu na blitz da Lei Seca com carro cautelado, rodando com combustível pago pelo contribuinte. Crispin enviou questionamentos a corregedoria da Polícia Militar junto com o Auto de Infração 251040001. “O que aconteceu? Tomaram providências. As informações de dentro da PM são verdadeiras sobre a fiscalização da Lei Seca que flagrou o comandante-geral”, acrescentou o deputado.

Requerimento coletivo para demitir Braguin

A deputada estadual Claudia de Jesus sugeriu um requerimento coletivo para pedir a imediata exoneração do coronel Regis Braguin do comando da Polícia Militar. “É vergonhoso essa criatura estar respondendo pela Lei Maria da Penha exercendo um cargo tão elevado que deveria dar exemplo”, afirmou a parlamentar. A deputada Ieda Chaves também se manifestou e entendeu ser incoerente a permanência de Braguin no comando da PM.


Frase polêmica de Eyder

Ainda durantes as discussões no plenário da Assembleia, uma frase polêmica do deputado Eyder Brasil gerou críticas, ao defender o comandante da PM ele afirmou que as possíveis agressões de Braguin à esposa, uma delegada de Polícia, teriam ocorrido no calor da emoção. Foi i suficiente para as deputadas Ieda Chaves e Cláudia de Jesus se posicionaram duramente contra o colega por tentar minimizar um claro caso de violência doméstica.

Vereador Fernando Silva já alertava para perseguição e covardia


Em vários posts nas redes sociais e na tribuna da Câmara, o vereador Fernando Silva já alertava para a “perseguição e covardia do comandante-geral da PM” contra os praças que ousavam cobrar publicamente os acordos salariais firmados com a corporação. Fernando, que também faz parte da PM, está respondendo Inquérito Policial Militar (IPM) junto com outros colegas porque tiveram coragem de fazer cobranças ao alto comando da PM. O vereador apresentou na audiência pública um Boletim de Ocorrência da agressão de Braguin a uma mulher.

No dia da audiência, o deputado Eyder Brasil não permitiu que Fernando se prolongasse sobre o assunto.





Fonte: Rondoniagora