Não foi registrado nenhum ponto de bloqueio em rodovias federais ou estaduais de Mato Grosso na manhã desta quinta-feira, 4, em decorrência da greve convocada por entidades que representam os caminhoneiros.
A informação é da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar de Mato Grosso. Havia a expectativa de que profissionais do setor de logística e transporte de cargas aderissem ao movimento grevista, anunciado na segunda-feira (1º/12) pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC).
A situação se repete em todo o território nacional, incluindo as rodovias de Rondônia e também do Acre, sinalizando um fracasso do movimento grevista.
Ao contrário do movimento que parou o Brasil em 2018, a tentativa de paralisação deste ano não tinha uma liderança única. Além disso, a greve feita na gestão do então presidente Michel Temer (MDB) protestava principalmente contra as condições de trabalho dos motoristas. Dessa vez, o gesto é de caráter principalmente político, em favor da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao site Repórter MT, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Amorim, já havia adiantado que o movimento não vingaria no Estado.
Além do caráter político, ele destacou que a situação econômica enfrentada pelo setor não é propícia para paralisações.
Na avaliação dele, nem os empresários e muito menos os caminhoneiros autônomos, aqueles que são donos dos próprios caminhões, teriam vantagem em parar de trabalhar neste momento.
"Hoje, a crise está tão grande que, mesmo sem paralisação, o setor já está passando por dificuldades; imagina paralisar", afirmou o empresário.
Fonte: Repórter MT
