Boletim de Ocorrência traz detalhes da ação policial que terminou com a morte do homem que seria matador do PCC em Rondônia

O FOLHA DO SUL ONLINE teve acesso ao registro policial que relata como foi a ação realizada na sexta, 12, que culminou com a morte de um jovem em confronto com a polícia. Matheus Araújo Brecher, popularmente conhecido como “Matheuzinho”, era apontado como um dos maiores executores da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região do Cone Sul de Rondônia.
Matheuzinho morreu durante uma fiscalização da Operação Quimera, desencadeada pelas forças de segurança do Estado, no cumprimento de mandados de prisão de integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, que atuam em vários Estado do país.
Após concluírem os trabalhos na região do município de Chupinguaia, uma guarnição do Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO) de Rolim de Moura, que integrou a equipe de mais de 220 agentes de polícia envolvidos na operação, retornava para casa, quando parou no distrito do Guaporé, situado às margens da BR-364, onde estavam um grupo do núcleo de Inteligência da Polícia Militar e outra guarnição do PATAMO do município de Cacoal.
Neste momento, de acordo com o registro do caso, “Matheuzinho” teria passado na rodovia em um carro de passeio e ao diminuir a velocidade, abaixou o vidro e olhou em direção aos militares, momento este em que foi prontamente reconhecido, uma vez que já tinha sido alvo de outras operações e conseguido fugir.
Conhecido no mundo do crime como o “pé de ferro” do PCC e apontado como arquiteto de vários atentados e mortes ocorridas no Cone Sul contra integrantes de facções rivais, “Matheuzinho” empreendeu fuga em alta velocidade ao perceber que os agentes iniciaram uma tentativa de abordagem.
Mesmo recebendo sinais sonoros e ordens verbais de parada, o jovem não parou e em dado momento teria saltado do veículo ainda em movimento com uma arma de fogo em punho e disparado contra uma das guarnições.
Em autodefesa, os policiais revidaram ao ataque, sendo Matheus atingido por vários disparos, sendo um na face e outro no tórax, cessando o ataque contra os militares.
Ao perceberem que o suspeito ainda apresentava sinais vitais, as guarnições conduziram o jovem a uma unidade hospitalar mais próxima, no município de Pimenta Bueno, onde ele acabou indo a óbito.
Após os trabalhos de praxe, o corpo de Matheus foi liberado para uma funerária de plantão e transladado para Vilhena, onde está sendo velado na Capela Mortuária Cristo Rei.
A arma de fogo usada por “Matheuzinho”, um revólver da marca Rossi, foi apreendida com três cápsulas deflagradas e duas munições picotadas. O carro usado por ele foi atingido por um dos disparos desferidos pelos polícias e precisou ser deixado às margens da via para posterior remoção.
Fonte: Folha do Sul