Veja detalhes da ocorrência policial envolvendo alunos de 11 e 12 anos em escola de Rondônia



São estarrecedores os detalhes de uma ocorrência policial registrada ontem, envolvendo alunos (na verdade crianças, entre 11 e 12 anos, segundo o BO) da Escola Genival Nunes, da rede estadual, instalada no bairro Nova esperança, em Vilhena.

Uma menina de 11 anos contou que estava em sua carteira, olhando para o quadro, quando um colega a chamou para virar para trás. Neste momento, a própria garota e outras colegas viram o aluno mostrando o pênis e se masturbando dentro da sala.

Um outro estudante, para tentar evitar que a professora também visse a cena, ficou na frente dela, na tentativa de proteger o colega obsceno. As imagens das câmeras da escola, no entanto, flagraram mais do que a masturbação: mostraram um aluno na mesma faixa etária embaixo da carteira, provavelmente praticando sexo oral no colega de 12 anos.

A professora, ao perceber atitude suspeita por parte dos alunos, foi verificar a situação. As vítimas relataram o ocorrido, e as testemunhas confirmaram o ato obsceno, constatando ainda que havia resíduo semelhante a esperma no chão da sala de aula. O material foi fotografado pela educadora.

Após os relatos, a professora conduziu os envolvidos para orientação. Ao retornarem para a sala, as alunas, todas com idades entre 11 e 12 anos, foram ameaçadas por um dos alunos envolvidos nos atos pornográficos: "Vocês estão todas fudidas na minha mão, vou pegar vocês na saída.”

Na sequência, os alunos/testemunhas foram realocados para outra sala de aula. Em seguida, outro estudante, de 11 anos, foi até a sala e questionou a aluna que, segundo ele, havia feito a denúncia, ameaçando-a: “Eu e o R... vamos te bater lá fora.”

Uma conselheira tutelar foi chamada, mas não conversou com os policiais, e foi embora antes da conclusão do trabalho. Os alunos envolvidos no episódio foram levados para a Unisp no carro da diretora do colégio estadual.

A educadora, aliás, informou que um dos alunos implicados no caso tem histórico de problemas disciplinares, e outro já foi apanhado com uma faca dentro da escola. Em todas as ocorrências anteriores, os pais foram avisados, e a mãe de um dos menores “rebeldes” nunca compareceu ao estabelecimento de ensino.

Diante dos fatos, todos os envolvidos foram conduzidos até a UNISP, juntamente com seus responsáveis, onde também foi apresentada a diretora. Ela esclareceu que toda a ação foi registrada pelo sistema de câmeras da escola e que as imagens serão entregues ao delegado de plantão para as devidas providências.


Fonte: Folha do Sul