Pai desabafa após sumiço do filho em Rolim de Moura; “fez escolhas erradas”

O sumiço de jovem em Rolim de Moura provocou forte comoção nesta semana, após o pai do rapaz divulgar uma carta aberta nas redes sociais relatando o desaparecimento e pedindo respeito ao momento que a família enfrenta. Segundo ele, o filho saiu de casa no último domingo, não deu notícias e gerou horas de ansiedade entre familiares e amigos. A situação ganhou repercussão na cidade porque o desaparecimento foi interpretado inicialmente como um possível caso de risco, mas o pai esclareceu que o jovem está vivo e decidiu se afastar por vontade própria. O episódio agora é tratado como desaparecimento do rapaz em Rolim de Moura, mas sem crime envolvido.
No desabafo, o pai afirmou que sempre orientou o filho, ofereceu estrutura e tentou manter um relacionamento baseado em diálogo e responsabilidade. Segundo ele, o garoto sempre foi bem cuidado, teve acesso ao que estava ao alcance da família e cresceu em um ambiente onde valores e limites foram ensinados desde cedo. O pai também citou momentos de conflito durante a adolescência, que considera normais, mas ressaltou que sempre buscou conduzir o jovem para escolhas corretas.
A família relatou que passou o domingo e parte da segunda-feira em estado de desespero, sem saber o paradeiro do rapaz. O pai disse ter ficado “quase louco” durante o período sem respostas, temendo que algo grave tivesse acontecido. Somente mais tarde soube que o jovem estava bem, mas havia optado por não retornar para casa. A confirmação de que não se tratava de um desaparecimento criminoso trouxe alívio, mas também marcou um momento decisivo para a relação entre os dois.
Na carta aberta, o pai declarou que o jovem fez “escolhas erradas” e que, por entender que não consegue mais influenciar suas decisões, resolveu não interferir na vida dele daqui em diante. Em tom firme, afirmou que não apoiará comportamentos que considera inadequados e enfatizou que o filho seguirá a partir de agora “com as próprias pernas”. O desabafo foi interpretado por moradores como um rompimento emocional, provocado pela frustração acumulada e pela forma repentina como o jovem deixou o lar.
Fonte: Planeta Folha