Adolescente dá entrada no hospital após crise emocional e acusa madrasta de agressão


No sábado, 2, uma adolescente de 15 anos deu entrada no Hospital Regional de Vilhena em aparente estado de choque emocional, apresentando tremores, crise de ansiedade e relatando ter sido agredida por sua madrasta. A Polícia Militar foi acionada para acompanhar a ocorrência.

A polícia apurou no hospital que a jovem não apresentava sinais contundentes de agressão física, sendo notada apenas uma vermelhidão nos pulsos, sem escoriações, hematomas ou lesões graves aparentes.

A adolescente estava acompanhada por seu irmão, que forneceu informações importantes sobre os momentos que antecederam o episódio.

De acordo com ele, antes de ser levada ao hospital, a irmã teve um desentendimento verbal com a madrasta e, em seguida, recolheu uma caixa de medicamentos e se trancou no banheiro da residência.

Preocupada com a situação, a madrasta tentou convencê-la a sair, mas diante da recusa da adolescente, forçou a entrada no local, onde encontrou várias cartelas de remédios espalhadas pelo chão. Não foi possível determinar se algum comprimido havia sido ingerido.

O irmão contou ainda que, após ser retirada do banheiro, a adolescente tentou deixar a casa dizendo que fugiria. Ao ser contida pela madrasta, que a segurou pelos braços para tentar acalmá-la, a situação se intensificou emocionalmente. A adolescente só se acalmou quando a madrasta ameaçou ligar para sua mãe biológica.

Em um momento de distração, enquanto a madrasta procurava o telefone, a jovem correu para o quintal e pulou o muro da residência. O irmão a seguiu e a levou ao hospital para atendimento médico.

A guarnição da PM também foi até a residência da família, onde a madrasta confirmou o relato do enteado, negando ter agredido a adolescente.

Ainda segundo informações colhidas pela polícia, a adolescente faz uso de medicamentos controlados e está em tratamento devido a transtornos relacionados à ansiedade e depressão. Ela aguarda a realização de laudo psiquiátrico.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil, onde deverá ser apurado com acompanhamento dos órgãos competentes de proteção à criança e ao adolescente.


Fonte: Extra de Rondônia