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Justiça mantém prisão preventiva do Rapper Oruam


A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva do rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira, 23 de julho de 2025.

Oruam foi indiciado por sete crimes: associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. A prisão preventiva havia sido deferida pela Justiça, com parecer favorável da Promotoria de Justiça.

A juíza Rachel Assad da Cunha justificou a manutenção da prisão. “Se o mandado de prisão é válido e a decisão que ensejou sua expedição não foi alterada, é vedado ao juízo da Central de Custódia avaliar o pedido defensivo de liberdade ou substituição da prisão por outra medida, sob pena de usurpação de competência”, afirmou.

Os crimes teriam ocorrido na noite de segunda-feira, 21 de julho de 2025, na porta da casa de Oruam, no Joá, bairro nobre da zona oeste do Rio de Janeiro. O rapper e um grupo de amigos teriam impedido agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil de cumprir um mandado de apreensão. O alvo era um adolescente apontado como um dos maiores ladrões de carros do estado e segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Doca é chefe da quadrilha Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha, zona norte do Rio.

Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes históricos do CV que está preso. O rapper se entregou à Polícia Civil na tarde de terça-feira, 22 de julho, na Cidade da Polícia.

Segundo relatos policiais, Oruam e outras oito pessoas hostilizaram os policiais com xingamentos e jogaram pedras na viatura descaracterizada. O rapper chegou a publicar vídeos do ocorrido nas redes sociais.

A polícia informou que um dos homens envolvidos na confusão correu para dentro da casa de Oruam, forçando a entrada da equipe para a captura. Ele foi autuado em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico. Oruam e os amigos fugiram do local, conforme a polícia. Nas redes sociais, o rapper escreveu que os agentes tentaram prendê-lo e questionou a legalidade da ação. Ele também indicou ter ido para o Complexo da Penha, desafiando as autoridades.

A prisão preventiva é uma medida sem tempo determinado, decretada quando a pessoa ainda não é considerada culpada. Ela deve ser reavaliada a cada 90 dias pela Justiça.


 Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil