Uma tragédia que expõe o caos na saúde pública de Rondônia. Uma criança de 10 anos, diabética, morreu após passar quatro meses internada sem receber o remédio que precisava para sobreviver. Medicação que já era fornecida pelo Estado desde os 3 anos de idade e que foi cortada sem explicação, levando à internação da menina no Hospital Cosme Damião, em Porto Velho, onde permaneceu por 4 meses aguardando a medicação. Segundo a direção da unidade, o remédio foi solicitado, mas a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau/RO) não efetuou a compra, culminando na morte da criança.
De acordo com denúncias dos familiares e atestado de óbito, a menina morreu em decorrência de choque séptico e sepse grave, sem o devido atendimento. Ainda segundo os relatos, ela foi submetida a quatro procedimentos de acesso central, todos sem sucesso, realizados pela cirurgiã pediátrica responsável, que teria visitado a criança apenas duas vezes após os procedimentos — e apenas após insistência da mãe, revelando possível negligência médica.
A mãe, sem nenhum tipo de apoio do Estado, agora enfrenta mais um drama: não tem condições de arcar com os custos do sepultamento, estimados em R$ 2.400. Quem puder colaborar, o PIX segue anexo. Toda ajuda é bem-vinda neste momento de dor.
A acusação é clara: negligência do governo estadual. O caso será levado ao Ministério Público e à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. A mãe afirma que possui fotos, vídeos e o prontuário completo de todo o período em que a filha esteve internada, provas que serão apresentadas às autoridades competentes.
“Estamos morrendo à míngua”, desabafa a denunciante.
