Como senador da República, homem público e, sobretudo, como pai, Confúcio disse sentir profunda dor e urgência, mas também manter uma esperança teimosa de que o Brasil ainda pode reencontrar seu caminho: “Não podemos mais normalizar o inaceitável. Não podemos perder mais vidas. Não podemos perder o Brasil”, afirmou com veemência.
O senador destacou que o país vive uma crise profunda e sistêmica na segurança pública — um problema que deixou de ser localizado e tornou-se estrutural. “Cada dia traz uma nova tragédia. Cada noticiário é o retrato do caos. Famílias inteiras vivem com medo, em silêncio, mergulhadas em uma tristeza profunda. Vidas são perdidas, e sonhos são sepultados junto com jovens que tinham toda a vida pela frente”, lamentou.
Confúcio voltou a mencionar o caso de Herus Mendes. “Uma festa junina interrompida por tiros. Cinco pessoas feridas. Mais uma família destruída, uma mãe dilacerada, um país perplexo. O mais angustiante é saber que Herus não é um caso isolado. É mais um capítulo de uma rotina cruel. É mais um nome em uma lista que só cresce. E isso, senhoras e senhores, nos obriga a agir.”
Segundo o parlamentar, é urgente a criação de uma nova política nacional de segurança pública, coordenada, baseada em evidências e, sobretudo, humana. Ele destacou a proposta em tramitação no Congresso, apresentada pelo ministro Ricardo Lewandowski, como um ponto de partida: “Esse é um tema que angústia o país e, com certeza, estará no centro dos debates políticos nas próximas eleições. Precisamos dar uma resposta clara a essa situação”, afirmou.
O senador criticou ainda a falta de integração entre os estados na formulação das políticas de segurança. “Não podemos mais atuar de forma isolada. Um estado não conversa com o outro. Não há um sistema nacional integrado de cadastro de criminosos ou de controle de presídios. Cada um age por conta própria, como se o Brasil fosse um arquipélago de ilhas desconectadas”, denunciou.
Ao encerrar sua fala, o senador rondoniense reforçou a necessidade de ação imediata por parte do Legislativo. “É indispensável que o Congresso Nacional se debruce com seriedade sobre esse tema. O Brasil não pode mais esperar”, concluiu.
Assessoria